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A produtora Cult irá realizar o novo livro de Gustavo Rosa. O lançamento está marcado para 2013.
Lançamento do Livro de Gustavo Rosa - para 2013. 
Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo - Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB-RJ)
Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo
13 de fevereiro a 29 de abril

O Rio de Janeiro recebe uma grande exposição de Tarsila do Amaral após mais de 40 anos sem ambientar uma mostra individual da artista do modernismo

Um percurso afetivo para Tarsila
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RIO) inaugura no dia 13 de fevereiro a exposição Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo. Serão 85 obras, entre pinturas, desenhos, objetos e gravuras (a única série que é reconhecida como sendo da artista) que ocuparão todo o segundo andar da Instituição. A mostra também marca o fim de um jejum de 43 anos em que o Rio de Janeiro não recebia uma individual da artista.

A ideia central para Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo surgiu a partir da descoberta do Diário de Viagens – preciosidade em poder da família da artista. É documento de caráter íntimo, e possibilita essa intromissão bem-vinda nos aspectos mais particulares da vida de Tarsila do Amaral. O conceito curatorial se baseou a partir do Diário e foi reunido o maior número possível de obras para um percurso emocional, afetivo e único para aquela que Oswald de Andrade chamava de “caipirinha vestida por Poiret”.

“Para esta mostra não foram considerados os períodos – Pau-Brasil, Antropofágico e Social – habitualmente identificados na obra de Tarsila. O enfoque dado, em primeiro lugar, foi intimista; depois, temático e, quando possível, cronológico. Há um proposital e aparente caos, planejado para que o visitante possa sentir-se mais próximo da vida da artista e admire as obras individualmente, livres de classificações mais rígidas”, explica Antonio Carlos Abdalla, curador da mostra, que também tem Tarsilinha do Amaral (sobrinha-neta de Tarsila) como curadora pela família da artista.

Uma ousadia finaliza o percurso: a inclusão da pouco mostrada segunda versão de A Negra (que a artista deixou inacabada) sugere de continuidade para a leitura de seu trabalho e abertura para inúmeras possibilidades de interpretação da obra fundamental de Tarsila do Amaral que permanece, assim, em aberto.

Tarsila teve três mostras individuais no Rio de Janeiro: em 1929 e 1933, no Palace Hotel e em 1969, no Museu de Arte Moderna. Grande número das obras presentes nessas mostras voltará à cidade, para o CCBB. Mais de 80 obras se reúnem nesta importante exposição, com destaque para: Antropofagia (onde duas das obras emblemáticas da artista se entrelaçam – A Negra e o Abapuru, 1929); Carnaval em Madureira (1924); Manacá (1927); O touro (c. 1925); A feira III (1953); São Paulo (1924); Urutu (1928); Lagoa Santa (1925); Cartão postal (1929); O sapo (1928); Sol poente (1929); O sono (1928); A feira II (1925); Composição – Figura só (1930); O mamoeiro (1925); Morro da favela (1924) e O lago (1928), entre várias outras.

A exposição Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo é produzida pela Cult Arte e Comunicação que já realizou mostras importantes como Anita Malfatti – 120 anos de nascimento, Carlos Oswald – O resgate de um mestre, Niobe Xandó – Mostra Antológica, O Jardim Monumental de Burle Marx, Marcello Grassmann – sombras e sortilégios, entre outras.

A curadoria:
Antonio Carlos Abdalla é especialista em museologia, curador e pesquisador em artes visuais. Foi curador do Museu BANESPA entre 1991 e 1995. Organizou mais de 160 eventos e exposições. Além das exposições históricas de Raquel de Queiroz, Jorge Amado e Santos Dumont, Abdala trabalhou os seguintes artistas em curadorias, pesquisas e livros: Aldemir Martins, Alice Brill, Ana Elisa Dias Baptista, Ângela Leite, Antonio Maschio, Arcângelo Ianelli, Arriet Chahin, Burle Marx, Camilo Thomé, Carlos Zibel, Cássio Vasconcellos, Cláudio Mubarac, Cláudio Pastro, Darel, Eduardo Longman, Eduardo Muylaert, Ely Bueno, Emanoel Araújo, Ermelindo Nardim, Ernesto Bonato, Fernando Odriozola, Francisco Maringelli, George Gutlich, Gisela Eichbaum, Hans Georg, Heitor dos Prazeres, Helena Freddi, Hélio Schonmann, Jacques Douchez, Juan Esteves, Marcello Grassmann, Marcelo Soubhia, Marco Buti, Maria Bonomi, Mário Gruber, Marysia Portinari, Niobe Xandó, Nori Figueiredo, Norma Mobilon, Odetto Guersoni, Odires Milázho, Reynaldo Fonseca, Sérgio de Moraes, Sonya Grassmann, Stefan Schmeling, Ulisses Bôscolo, Valdeir Maciel, Vania Toledo e Vera Goulart.

Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo
85 obras: pinturas, desenhos, gravuras e objetos pessoais.
Curadoria: Antonio Carlos Abdalla
Curadoria pela família: Tarsila do Amaral
Abertura para convidados: segunda-feira, 13 de fevereiro. Exposição: de 14 de fevereiro a 29 de abril.
De terça-feira a domingo, de 9h às 21h
Entrada gratuita

Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66.
Informações: (21) 3808-2020 - www.bb.com.br/cultura - www.twitter.com/ccbb_rj - www.facebook.com/ccbb.rj

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Oswald Goeldi - Poesia Gravada - Museu da Universidade Federal do Pará
OSWALDO GOELDI GANHA EXPOSIÇÃO INÉDITA EM BELÉM

A mostra, com patrocínio da Vale, comemora os 50 anos da morte de
um dos maiores nomes da xilogravura nacional

Belém, novembro de 2011 – As mais importantes obras de Oswaldo Goeldi (1895-1961), considerado um dos mais represen-tativos nomes brasileiros da gravura em madeira, chegam a Belém (PA) para uma exposição inédita patrocinada pela Vale. Os 50 anos da morte do gravador, desenhista, ilustrador e professor serão relembrados em “Oswaldo Goeldi: poesia gravada” no Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA), de 13 de dezembro de 2011 a 19 de fevereiro de 2012, por meio de gravuras, painéis, objetos, desenhos e livros. A curadoria é de Lani Goeldi, sobrinha-neta do artista e presidente do Projeto Goeldi. A produção é assinada pela Cult Arte Comunicação.

Oswaldo Goeldi teve sua primeira mostra individual em Belém, ainda em vida, em 1938, na Biblioteca do Arquivo Público. Depois disso, somente uma rápida passagem com a apresentação de painéis com ilustrações de referência sobre a obra dele, em 2001, por conta da inauguração do Espaço Arte Goeldi nas dependências do Museu Paraense Emilio Goeldi (Parque Zoobotânico). “Essa será a primeira mostra realizada após a morte do artista e, sem dúvida, a maior já feita sobre ele na cidade, considerando o número de peças e a importância das obras que serão expostas”, afirma a curadora Lani Goeldi.

Os visitantes terão a oportunidade de ver 59 gravuras originais (sendo 35 da Pinacoteca do Estado de São Paulo), assinadas pelo artista entre 1927 e 1960, além de desenhos, painéis, objetos, livros ilustrados e um vídeo inédito, especialmente feito para essa exposição. Entre as xilogravuras estão “Chuva” (cerca de 1957), a mais famosa xilogravura do artista e que encabeça um lista formada por obras como “Auto-retrato” (cerca de 1950), “Tarde” (1950), “Arraia” (1955) e “O ladrão” (cerca de 1955). “Nesta mostra será possível observar todas as fases do artista, desde os desenhos até as gravuras em preto-e-branco e coloridas”, explica Lani.

A mostra representa a continuidade das comemorações do cinquentenário do falecimento de Goeldi (1895-1961), que encerrou sua carreira na cidade do Rio de Janeiro. “Ações como essa, encabeçada pelo Projeto Goeldi e patrocinadas pela Vale, têm procurado atingir o maior numero de público possível, difundindo o trabalho desse artista e sua história de vida, aproximando a grandiosidade de sua obra às pessoas que se interessam por cultura”, explica Lani.

Segundo a diretora do Museu da Universidade Federal do Pará, Jussara da Silveira Derenji, é uma honra e prazer enormes abrigar essa exposição, considerando que serão mostrados, além de gravuras, documentos, textos e recortes do artista, os aspectos íntimos e pessoais da personalidade de Goeldi. “Será essa uma oportunidade rara de reaproximação com as obras dele, que viveu sua infância em Belém. Vamos mostrar, de forma abrangente, um trabalho de uma tocante poesia”.

Para José Fernando Gomes, gerente geral de Relações Institucionais da Vale no Pará, uma das principais ações da empresa é a valorização da cultura e das comunidades onde ela atua. “A arte é uma das expressões mais fortes do nosso País”, diz. “Por isso, é muito importante para a Vale patrocinar uma exposição tão especial e poética como esta".


Poesia gravada
Em 1924, Oswaldo Goeldi iniciou a xilogravura e desde então ela se tornaria sua técnica de excelência. Por meio da “xilo”, como os artistas carinhosamente batizaram a forma de impressão sobre madeira, ele criou cenas de noites urbanas e solitárias. "Sempre as mesmas ruas e praças irregulares e estreitas que se perdem em meio a velhos casarões", como escreve o crítico Rodrigo Naves em seu livro “Goeldi” – onde discute a influência que o artista recebeu do austríaco Alfred Kubin e as relações de sua obra com o expressionismo e com os outros modernistas brasileiros.

Naves destaca, em seu livro, a universalidade das questões levantadas por Goeldi e o seu apego à experiência direta dos temas, que impressionou poetas e escritores como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes e Aníbal Machado, todos autores de belos textos sobre o artista.

Na fragilidade humana, tão citada por Goeldi em suas obras, não falta a menção à morte. Nas cenas construídas por ele, as figuras são solitárias em ambientes tomados pelo negro. Segundo a curadora, Lani Goeldi, o principal motivo de intitular a exposição de “Oswaldo Goeldi: poesia gravada” foi a capacidade que o artista tem de conversar com o interlocutor, causando impressões que encantam até hoje. “As cenas de suas gravuras não são estáticas. Há vendavais que carregam os objetos e os seres que andam com guarda-chuvas pelos becos. Às vezes, uma rápida faixa de cor aparece nas cidades de Goeldi e uma pequena área de vermelho torna as cenas ainda mais misteriosas”.

O vermelho é, sem dúvida, a cor que melhor retrata os contrapontos do artista. Em sua obra, ele a associa aos estados de alma. “Para os românticos alemães, o vermelho é a cor da alegria”, explica Lani. “Mas Goeldi também consegue, em toda a sua história como gravador, criar uma obra luminosa, onde a alma grita numa clara demonstração de compromisso com a vida. É aqui que a gravura e a poesia se tornam uma só coisa nas obras de meu tio-avô”.

Mais sobre Oswaldo Goeldi
Gravador, desenhista, ilustrador e professor, Oswaldo Goeldi nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1895. Logo após seu nascimento e até os seis anos de idade, Goeldi morou em Belém (PA) com seus pais, Adelina Meyer Goeldi e Emilio Augusto Goeldi. Seu pai, renomado zoólogo e naturalista suíço, deu nome a uma das mais importantes instituições de Belém, da qual foi diretor: o Museu Paraense Emílio Goeldi, sempre voltado à pesquisa e vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil que, desde sua fundação, em 1866, concentra suas atividades no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia.

Oswaldo Goeldi viveu na Suíça até o falecimento de seu pai. Depois disso, abandonou o curso na Escola Politécnica para se matricular na École des Art et Métiers. Decepcionado com a escola, passou a ter aulas com Serge Pahnke e Henri Van Muyden. Em 1917 realizou sua primeira exposição individual em Berna (Suíça), quando conheceu a obra do austríaco Alfred Kubin, seu mentor artístico.

Na mesma época tornou-se amigo de Hermann Kümmerly, com quem fez suas primeiras litografias. De volta ao Brasil, em 1919, executou trabalhos como ilustrador. Dois anos depois, ao expor no saguão do Liceu de Artes e Ofícios, aproximou-se de pessoas interessadas na renovação da arte, como a Semana de 1922. A partir de 1923, dedicou-se intensamente à xilogravura que conheceu com Ricardo Bampi.

Fez trabalhos para revistas, livros e periódicos. Em 1930, lançou o álbum "Dez Gravuras em Madeira", prefaciado por Manuel Bandeira e cuja venda permitiu seu retorno à Europa, onde expôs novamente em Berna e em Berlim. Por volta de 1932, retornou ao Brasil e começou a experimentar o uso da cor em xilogravuras. Consolidado como ilustrador, expôs na 25ª Bienal de Veneza em 1950. Ganhou o Prêmio de Gravura da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.

Sua carreira como professor começou em 1952 e, após três anos, passou a ensinar xilogravura na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Em 1956, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, foi realizada sua primeira retrospectiva. Sua obra já participou de mais de uma centena de exposições póstumas no Brasil, Argentina, França, Portugal, Suíça e Espanha. Hoje, Goeldi é venerado no meio artístico e suas obras são matérias de referência no campo da gravura no mundo todo.

EXPOSIÇÃO “OSWALDO GOELDI: POESIA GRAVADA”
Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Avenida Governador José Malcher, 1192 – Nazaré – Belém – PA – entrada pela avenida Generalíssimo Deodoro.
Curadoria: Lani Goeldi.
Abertura (somente para convidados e imprensa): 13 de dezembro, às 19h.
Visitação (aberta ao público): De 14 de dezembro de 2011 a 19 de fevereiro de 2012, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, sábados e domingos das 10h às 14h, exceto feriados.
Visitas de grupos e escolas: (19) 3242-8340, das 9h às 12h com Julia ou Nilma.
Classificação: livre
Entrada franca.
Mais informações: pelo telefone (91) 3224-0874 ou pelo site: www.ufpa.br/museufpa/
Acesso para portadores de necessidades especiais

Para falar com produção e curadoria
Josafá Vilarouca
(11) 9601-2512
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Para falar com a coordenadoria da assessoria de comunicação da UFPA
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Para falar com a Vale
Lívia Amaral
(91) 3215-2460 | (91) 8886-7361
livia.amaral@vale.com


Marcello Grassmann - Sombras e Sortilégios - Caixa Cultural Rio de Janeiro

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta obras de um dos mais renomados gravadores do Brasil. Obras de três técnicas – xilogravuras, litografias e gravuras em metal – são mostradas em exposição individual do artista. Inauguração dia 05 de dezembro próximo.

A CAIXA Cultural inaugura no dia 05 de dezembro, segunda-feira, às 19h00, a exposição do artista Marcello Grassmann Sombras e Sortilégios. Esta mostra individual de Grassmann no Rio de Janeiro reúne uma seleção de sessenta gravuras nas três técnicas exploradas por Grassmann: a xilogravura, a litografia e a gravura em metal. Marcello Grassmann, criador de vasta obra, é constantemente reconhecido como um dos nomes mais importantes da gravura brasileira nos mais de sessenta anos de contínua e intensa atividade. A visibilidade que o artista experimenta – nacional e internacionalmente – é mais do que justa e merecida.

Grassmann é artista detentor de importantes prêmios nas Bienais de São Paulo, Veneza, Paris e na de Artes Gráficas de Florença tem em seu currículo quase quinhentas exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior.

Ao longo de décadas anos de trabalho Grassmann criou vasta obra e tem de ser entendido como alguém que procura continuamente aperfeiçoar-se na expressão de sua arte. Suas imagens muitas vezes possuem semelhanças e variantes que reforçam sempre uma intrincada gama de possíveis interpretações, descritas e experimentadas por críticos e visitantes de suas mostras em todo o mundo.

O absoluto domínio técnico, o conhecimento histórico e, acima de tudo, a sensibilidade apurada, criaram uma assinatura do artista, facilmente identificável. Esta antologia recente de trabalhos gravados seus é excelente oportunidade para compreender e apreender obra tão complexa.

Grassmann é exemplo de coerência e tenacidade. Ninguém fica impassível diante da força de suas imagens. Trabalhos de tal vigor dão à obra deste grande artista brasileiro – entre os maiores – caráter universal e atemporal. Contemplar sua obra é aproximar-se da ancestralidade e, com isso, sair transformado.


Serviço:

Exposição: Marcello Grassmann – Sombras e Sortilégios
Curadoria: Antonio Carlos Abdalla
Abertura: segunda-feira, dia 5 de dezembro de 2011, às 19h
Período expositivo: de 6 de dezembro de 2011 a 15 de janeiro de 2012.
De terça a sábado, das 10h às 22h
Domingo, das 10h às 21h
Entrada Franca

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 1
Avenida Almirante Barroso, 25 - Centro
Rio de Janeiro - CEP 20031-003
Tels: (21) 2544-4080/2544-7666

caixacultural.rj@caixa.gov.br
www.caixa.gov.br/caixacultural



Carlos Oswald - O resgate de um mestre - Caixa Cultural Brasília
CAIXA Cultural Brasília resgata a obra de Carlos Oswald

Do ateliê do artista saíram os croquís do monumento máximo brasileiro,
o Cristo Redentor

Brasília, outubro de 2011 - Pensar a história da gravura artística brasileira é pensar em Carlos Oswald. Simplesmente porque foi esse artista ítalo-brasileiro que, a partir de 1913, no Brasil, empenhou-se na divulgação da gravura como expressão artística e não somente como meio de reprodução. Essa característica vai imprimir a ele e à sua forma de atuar um caráter moderno, seguido de perto por outros grandes gravadores como Oswaldo Goeldi (1895–1961), Raimundo Cela (1890-1954), Lívio Abramo (1903–1992) e Lasar Segall (1891-1957).

Pela relevância do artista no campo da gravura e pela própria contribuição às artes plásticas brasileiras no início do século 20, a CAIXA Cultural Brasília abre, no dia 11 de outubro de 2011, uma retrospectiva das mais importantes obras de Carlos Oswald. A mostra, que tem curadoria assinada por Paulo Leonel Gomes Vergolino e produção da Cult Arte e Comunicação, fica aberta à visitação até o dia 20 de novembro.

“Carlos Oswald é, sem dúvida, um dos maiores expoentes da gravura artística brasileira, explica Paulo Vergolino. “Na exposição, colhi trabalhos raríssimos, passando por todas as trajetórias do artista. Os temas mais recorrentes trazem representações religiosas, de paisagens, de figuras humanas, bem como da vida animal.”

Segundo o curador, quem tiver a oportunidade de visitar a exposição vai perceber o traço firme do artista e notar os jogos de claro-escuro corretos que ele imprimiu em suas obras, marca que o acompanhou durante sua carreira.

Nascido em Florença, na Itália, em 1882, Carlos Oswald foi registrado no Consulado Brasileiro e fez residência no Brasil até o ano de 1971, quando faleceu no Rio de Janeiro. Tocado pelas propostas dos movimentos europeus que já viam a muitos anos a gravura como expressão artística, Carlos Oswald inaugurou a primeira oficina de gravura brasileira, no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Desde então, empenhou-se por quase 40 anos ao ensino e à difusão da gravura artística, sendo inclusive responsável pela primeira exposição de gravura realizada no Brasil em 1919.

Entre seus alunos, que hoje fazem parte da moderna e premiada gravura artística brasileira, estão Poty Lazzarotto (1924-1998), Hans Steiner (1910-1974), Darel Valença Lins (1924), Henrique Carlos Bicalho Oswald (1918-1965) e Orlando DaSilva (1923).

“Carlos Oswald estava à frente do nosso tempo. Ele criou obras de cunho impressionista de extrema beleza, além de ter contribuído para a evolução da arte gravada brasileira”, afirma Paulo Vergolino. “Pouca gente sabe, mas seu nome também está ligado à concepção do monumento máximo brasileiro, o Cristo Redentor. Foram de seu ateliê que saíram os croquís enviados a Paris, e que possibilitaram a execução da obra pelo escultor francês de origem polonesa, Paul Landowski”, finaliza.

“Carlos Oswald - o resgate de um mestre”
Curadoria: Paulo Leonel Gomes Vergolino
CAIXA Cultural Brasília - Galeria Vitrine
Edifício Anexo da Matriz da CAIXA – SBS Quadra 4 – lote 3/4
Abertura: 11 de outubro de 2011, das 19h às 22h, somente para convidados
Visitação: de 12 de outubro a 20 de novembro de 2011 - de terça a sexta-feira, das 9h às 21h inclusive sábados, domingos e feriados.
Entrada livre e gratuita

Informações: (61) 3206 94 48/9449 | www.caixa.gov.br/caixacultural
Marcello Grassmann - Sombras e Sortilégios - Caixa Cultural Salvador
A CAIXA Cultural Salvador apresenta gravuras de um dos mais renomados gravadores do Brasil. Obras de três técnicas – xilogravuras, litografias e gravuras em metal – são apresentadas em exposição individual, em Salvador. Inauguração dia 4 de outubro próximo.

A CAIXA Cultural inaugura no dia 4 de outubro, terça-feira, às 19h, a exposição individual do artista Marcello Grassmann Sombras e Sortilégios. Esta individual do artista em Salvador, reúne uma seleção de sessenta gravuras nas três técnicas exploradas por Grassmann: a xilogravura, a litografia e a gravura em metal. Marcello Grassmann, criador de vasta obra, é constantemente reconhecido como um dos nomes mais importantes da gravura brasileira nos mais de sessenta anos de contínua e intensa atividade. A visibilidade que o artista experimenta – nacional e internacionalmente – é mais do que justa e merecida.

Grassmann é artista detentor de importantes prêmios nas Bienais de São Paulo, Veneza, Paris e na de Artes Gráficas de Florença tem em seu currículo quase quinhentas exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior.

Ao longo de setenta anos de trabalho Grassmann criou vasta obra e tem de ser entendido como alguém que procura continuamente aperfeiçoar-se na expressão de sua arte. Suas imagens muitas vezes possuem semelhanças e variantes que reforçam sempre uma intrincada gama de possíveis interpretações, descritas e experimentadas por críticos e visitantes de suas mostras em todo o mundo.

O absoluto domínio técnico, o conhecimento histórico e, acima de tudo, a sensibilidade apurada, criaram uma assinatura do artista, facilmente identificável. Esta antologia recente de trabalhos gravados seus é excelente oportunidade para compreender e apreender obra tão complexa.

Grassmann é exemplo de coerência e tenacidade. Ninguém fica impassível diante da força de suas imagens. Trabalhos de tal vigor dão à obra deste grande artista brasileiro – entre os maiores – caráter universal e atemporal. Contemplar sua obra é aproximar-se da ancestralidade e, com isso, sair transformado.


Serviço:

Exposição: Marcello Grassmann – Sombras e Sortilégios
Curadoria: Antonio Carlos Abdalla
Abertura: terça-feira, dia 4 de outubro de 2011, às 19h
Período expositivo: de 05 de outubro a 20 de novembro
de terça a domingo das 9h às 18h
entrada franca

Local: Caixa Cultural Salvador –Galeria dos Arcos
Rua Carlos Gomes, 57 – Centro
CEP 40.060-330 Salvador-BA
Tel.: 71 3421-4200
Niobe Xandó – Florestas Fantásticas e Máscaras Imaginárias - CAIXA Cultural Salvador
A CAIXA Cultural Salvador apresenta obras de uma das artistas percursoras do Realismo Mágico no Brasil. Obras de dois períodos de seu trabalho são apresentadas pela primeira vez, em exposição individual, em Salvador. Inauguração dia 14 de junho.

A CAIXA Cultural inaugura no dia 14 de junho, terça-feira, às 19h, a exposição individual da artista Niobe Xandó Florestas Fantásticas&Máscaras Imaginárias. Esta segunda mostra individual da artista em Salvador, reúne uma seleção de cerca de quarenta e duas pinturas e desenhos. Niobe Xandó, criadora de vasta obra, é constantemente reconhecida por sua originalidade nos quase sessenta anos de contínua e intensa atividade. A visibilidade que tem experimentado – principalmente a partir da sua inclusão, no ano 2000, na Mostra do Redescobrimento, Módulo de Arte Afro-Brasileira – é justa e merecida.

Seu trabalho resultou em obra sólida e múltipla, de atualidade evidente e sensibilidade muito própria, baseada em experiências pessoais bastante diferenciadas. A forte característica de liberdade de criação, aliada ao caráter lúdico, é uma constante. Depois de contemplada e estudada com atenção, a obra de Niobe Xandó surpreende cada vez mais. Seu trânsito pelas mais diversas tendências e movimentos (muitos deles pouco conhecidos entre nós) e a sobreposição de períodos e abordagens que promoveu em sua obra, criam inúmeras possibilidades de interpretação. Com amplo currículo nacional e internacional, Niobe Xandó já foi analisada em mais de cento e quarenta textos, escritos por renomados críticos brasileiros e estrangeiros.

Entre 1956 e 1957 Niobe Xandó viveu em Salvador aí realizando uma exposição individual na antiga Galeria Belvedere da Sé. Conheceu e conviveu com os intelectuais locais e de passagem pela cidade que se reuniam nesse importante local da capital soteropolitana. Recebeu críticas importantíssimas de Rubem Valentim e, principalmente, de José Valladares.

A seleção das obras desta individual é assinada pelo curador independente Antonio Carlos Abdalla que pesquisa e cataloga a obra da artista há mais de 10 anos. Em 2007 foi realizada grande retrospectiva de Niobe Xandó na Pinacoteca do Estado de São Paulo e, em 2008, outra grande mostra (antológica) da artista foi feita no Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba.

Serviço:
Exposição: Niobe Xandó – Florestas Fantásticas e Máscaras Imaginárias
(Niobe Xandó, Campos Novos do Paranapanema/SP, 1915 – São Paulo/SP, 2010)
Curadoria: Antonio Carlos Abdalla
Abertura: terça-feira, dia 14 de junho de 2011, às 19h
Período expositivo: de 15 de junho a 31 de julho de 2011
de terça a domingo das 9h às 18h
entrada gratuita

Local: Caixa Cultural Salvador –Galeria dos Arcos
Rua Carlos Gomes, 57 – Centro
CEP 40.060-330 Salvador-BA
71 3421-4200
Niobe Xandó – Florestas Fantásticas e Máscaras Imaginárias - CAIXA Cultural Rio de Janeiro
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta 42 obras de uma das artistas percursoras do Realismo Mágico no Brasil. Obras de dois períodos de seu trabalho são apresentadas pela primeira vez, em exposição individual, no Rio de Janeiro. Inauguração dia 4 de abril.

A CAIXA Cultural inaugura no dia 4 de abril, segunda-feira, às 19h, a exposição individual da artista Niobe Xandó Florestas Fantásticas&Máscaras Imaginárias. Esta primeira mostra individual da artista no Rio de Janeiro, reúne uma seleção de quarenta e duas pinturas e desenhos. Niobe Xandó, criadora de vasta obra, é constantemente reconhecida por sua originalidade nos quase sessenta anos de contínua e intensa atividade. A visibilidade que tem experimentado – principalmente a partir da sua inclusão, no ano 2000, na Mostra do Redescobrimento, Módulo de Arte Afro-Brasileira – é justa e merecida.

Seu trabalho resultou em obra sólida e múltipla, de atualidade evidente e sensibilidade muito própria, baseada em experiências pessoais bastante diferenciadas. A forte característica de liberdade de criação, aliada ao caráter lúdico, é uma constante. Depois de contemplada e estudada com atenção, a obra de Niobe Xandó surpreende cada vez mais. Seu trânsito pelas mais diversas tendências e movimentos (muitos deles pouco conhecidos entre nós) e a sobreposição de períodos e abordagens que promoveu em sua obra, criam inúmeras possibilidades de interpretação. Com amplo currículo nacional e internacional, Niobe Xandó já foi analisada em mais de cento e quarenta textos, escritos por renomados críticos brasileiros e estrangeiros.

A seleção das obras desta individual é assinada pelo curador independente Antonio Carlos Abdalla que pesquisa e cataloga a obra da artista há mais de 10 anos. Em 2007 foi realizada grande retrospectiva de Niobe Xandó na Pinacoteca do Estado de São Paulo e, em 2008, outra grande mostra (antológica) da artista foi feita no Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba.

Serviço:
Exposição: Niobe Xandó – Florestas Fantásticas e Máscaras Imaginárias
(Niobe Xandó, Campos Novos do Paranapanema/SP, 1915 – São Paulo/SP, 2010)
Curadoria: Antonio Carlos Abdalla
Abertura: segunda-feira, dia 4 de abril de 2011, às 19h
Período expositivo: de 5 de abril a 29 de maio de 2011
de terça a sábado das 10h às 22h
domingo das 10h às 21h
entrada gratuita
Local: Caixa Cultural Rio de Janeiro – Grande Galeria
Avenida Chile 230 – Centro
2544-4080; 2544-1099; 2544-7666
Mais informações para a Imprensa pelo telefone (21) 2202-3096 com Wendel ou Jorge.
Apo Fousek - Dos 3 aos 100 - CAIXA Cultural Brasília
APO FOUSEK TRADUZ O CONTEMPORÂNEO NA CAIXA CULTURAL

Exposição “Dos 3 aos 100” resgata as atividades criativas de Apo Fousek, um dos grandes talentos da arte urbana moderna.

Aos três anos de idade, Apoena Fousek já desenhava e pintava. E o que poderia ser uma brincadeira de criança era, na verdade, o início de uma promissora carreira. Apo Fousek – dos 3 aos 100, exposição que a Caixa Cultural Brasília abre no dia 03 de março, mostra o talento inegável desse que se lança como um dos mais promissores artistas contemporâneos.

A obra multimídia de Apo Fousek, admirador de Antonio Dias, Alex Flemming e Claire Rojas, extrapola nas artes plásticas as barreiras dos suportes convencionais. Aos 30 anos de idade, o artista continua brincando com pranchas de surf, skates, garrafas, camisetas e tudo que possa dar vazão a sua constante criatividade de menino. O resultado, que poderia ser ingênuo, é na verdade um retrato da arte urbana moderna, madura, que teve início nos anos 90 – quando Apo ainda começava a produzir comercialmente seus primeiros skateboards.

Apo Fousek, que já teve trabalhos expostos na Argentina e nos Estados Unidos, tem uma tônica que é dada pela completa liberdade de expressão, bem como a não similaridade entre uma mostra e outra, causando sempre admiração entre os que o contemplam. ”O trabalho artístico do Apo é um exemplo brilhante do que de melhor a linguagem urbana pode nos apresentar. Ele tem um traço diferenciado, racional, agradável, bem acabado e está justamente nesses atributos o valor desse artista que é um retrato do nosso mundo atual”, explica o curador da mostra, Paulo Vergolino.

A exposição, que tem produção da Cult Arte Comunicação, mostra objetos, camisetas e quadros que sofreram a intervenção do artista, desde a sua infância até a fase atual. Na gestão contemporânea da arte, Apo faz questão de mostrar em seu trabalho um dos mais latentes temas da sociedade moderna, ligado ao respeito à natureza e à necessária de boa convivência com todos os seres viventes do planeta.

“Tudo que sobra dos meus trabalhos está sendo, por mim mesmo, reciclado, reaproveitado e literalmente engarrafado”, revela o artista. “Isso é tão parte do meu mundo que, ao longo de alguns meses de trabalho, coloquei micro-pedaços de material descartado em 15 garrafas. Lá estariam as lembranças criativas de algo que pode fazer parte de um novo momento, de uma nova fase, de um novo artista, amanhã e daqui a 70 anos, quando vou estar com 100”.


SERVIÇO:
Exposição “Apo Fousek – dos 3 aos 100”
Curadoria: Paulo Vergolino
Local: CAIXA Cultural Brasília – Galeria Vitrine
Endereço: SBS, Quadra 4, lote 3/4, Brasília – DF | CEP 70092-900
Abertura: 3 de março de 2011, das 19h às 22h (para convidados e imprensa)
Visitação: 4 de março a 17 de abril de 2011
Horário: Diariamente, das 9h às 21h
Telefones: (61) 3206-9448 | 3206-9449
caixacultural.df@caixa.gov.br
www.caixa.gov.br/caixacultural

Classificação: Livre
Entrada franca
Acesso para portadores de necessidades especiais
Carlos Oswald - O resgate de um mestre - CAIXA Cultural São Paulo
A Caixa Cultural apresenta a Exposição: Carlos Oswald – o resgate de um mestre. Com cerca de oitenta peças - entre gravuras, ilustrações para livros e os croquis deram inicio a construção do Cristo Redentor, a mostra com curadoria de Paulo Leonel Gomes Vergolino e produção da Cult Arte e Comunicação, está aberta para visitação de 03 de dezembro 2010 a 20 de fevereiro de 2011 e tem como objetivo divulgar a arte da gravura por meio de um de seus maiores mestres. “Caixa Cultural – Galeria Vitrine da Paulista” – São Paulo.
Anita Malfatti - 120 anos de nascimento - CCBB Rio de Janeiro

Devido ao grande sucesso da exposição Anita Malfatti - 120 anos de nascimento – CCBB-DF, fizemos uma retrospectiva no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, que fica em cartaz de 31 de julho a 26 de setembro de 2010.

Após uma expressiva passagem por Brasília, onde foi visitada por quase 50 mil pessoas em 52 dias, esta mostra chega ao Rio de Janeiro com novidades que procuram completar o entendimento da obra de Anita Malfatti, conturbada, algumas vezes, mas sempre vigorosa, cheia de encantamentos e, sobretudo desafiadora, em diversos momentos de sua trajetória. A exposição engloba trabalhos de mais de 70 coleções particulares e de museus abrangendo todas as fazes de sua obra. Foram reunidas obras das mais importantes e significativas em uma única exposição.

Anita Malfatti - 120 anos de nascimento - CCBB Brasília

CCBB Brasília comemora 120 anos de Anita Malfatti
Mostra homenageia ícone do modernismo brasileiro, que teve a vida atormentada pelas críticas

A São Paulo de 1917 ainda era muito provinciana para entender o que significava para a arte brasileira aquela exposição que acontecia na Rua Libero Badaró, 111. Ali, uma pintora que tentava esconder uma atrofia no braço e na mão direita, chamada Anita Malfatti, ousava mostrar para uma sociedade perplexa a mais pura arte expressionista.  Somente cinco anos depois viria a assimilação com o novo durante a Semana de Arte Moderna do Theatro Municipal, onde estavam 22 obras suas.  No entanto, as críticas que recebeu e a insatisfação com sua própria arte a perseguiriam por quase toda a vida.

A pressão da família, que não via futuro promissor para uma moça solteira deficiente e que não dava sinais de que poderia se tornar uma boa professora de arte, fez de Anita uma artista de muitas fases, inquieta, insegura e sempre incompreendida. Essa busca constante por se expressar livremente com os pincéis permeia a Retrospectiva Anita Malfatti – 120 anos de nascimento, que estréia nacionalmente no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, de 22 de fevereiro a 25 de abril.

“Sem dúvida ela foi a pioneira do modernismo no Brasil. A exposição de 1917 inspirou o movimento.  Fala-se em Lasar Segall ou  Belmiro de Almeida e Visconti como percussores, mas nenhum deles causou tanta polêmica. Ela teve repercussão. E quando a lenda ultrapassa o fato, publica-se a lenda”, afirma Luzia Portinari Greggio, que assina a curadoria da exposição.

Sobrinha de Cândido Portinari e sempre cercada por livros e quadros, seu interesse pela História e pela Filosofia da arte a levou até a vida e obra de Anita, o que lhe rendeu um prêmio de Estímulo de Curta-metragem da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em 2001, pelo roteiro do documentário “Anita Malfatti”. A pesquisa sobre a vida e obra da pintora também resultou no livro Anita Malfatti – tomei a liberdade de pintar a meu modo, em 2007. E agora, a exposição comemorativa.

Descoberta do expressionismo

Greggio reuniu 120 obras de diversos museus e de coleções particulares que mostram inúmeras e diferentes Anitas. A primeira delas (de 1909 a1914) é uma Anita naturalista-impressionista. Inclui o período em que ainda assinava como Babynha, como em seu primeiro quadro (Burrinho correndo), até o seu retorno de sua primeira viagem de estudos, quando esteve na Alemanha, onde o expressionismo explodia. Foi quando organizou sua primeira exposição individual em 1914. Essa fase reúne algumas preciosidades como Burrinho correndo, Meu irmão Alexandre, Georgina fantasiada e Mulher de vestido vermelho.

A segunda Anita, mostra sua fase mais esplendorosa (1915 -1922). É quando vai para os Estados Unidos e se entrega ao expressionismo. “A trajetória de Anita é singular. Todo mundo ia estudar na França. Ela foi para Alemanha e depois para os Estados Unidos, onde tinha parentes. Foi lá onde ela desabrochou”, lembra a curadora. A pintora rompe com todas as regras acadêmicas tão apreciadas pelos seus familiares, como o tio Jorge Krug, que financiará seus estudos no exterior, e a mãe, pintora clássica, Betty Krug, presença constante, rígida e autoritária na sua vida.

Exposição de 17

Mesmo com o escrachado desapontamento dos parentes com a produção artística que trazia na bagagem em seu retorno ao Brasil, Anita faz a exposição de 1917, onde apresenta obras que hoje são consideradas as mais significativas de seu acervo como A boba, A amiga, O farol, A onda, O homem amarelo, Ventania. Também é desta época o primeiro nu cubista brasileiro. “Ela tinha noção que a exposição de 17 ia ser um escândalo. Tanto que resolveu deixar essa obra (Nu cubista I) de fora”, conta Greggio, que incluiu o quadro na mostra.

Seus mais profundos receios recebem contornos dramáticos quando uma crítica de Monteiro Lobato, publicada no jornal O Estado de São Paulo, com o título de A propósito de exposição Malfatti, provoca um efeito devastador na sua exposição. Seus quadros foram devolvidos, outros destruídos. O único a levantar em seu favor foi Oswald de Andrade, o que a fez ser uma inspiração para um grupo de artistas ansiosos em promover uma revolução na arte brasileira.

“Foi ela. Foram seus quadros que nos deram essa primeira consciência de revolta e de coletividade em luta pela modernização das artes brasileiras. Pelo menos pra mim”, chegou a dizer Mario de Andrade em relação a Anita.

Retorno à ordem

Depois da Semana de Arte Moderna de 1922, Anita, que parecia ter encontrado seu lugar no famoso Grupo dos Cinco, parte, em agosto de 1923, para Paris, em nova viagem de estudos, desta vez financiada pelo Pensionato Artístico do Estado de São Paulo. Surge neste período, que dura até o final dos anos 20, uma nova face da pintora. “É o chamado “retorno à ordem”, ocorrido no pós-Segunda Guerra. Anita sofre influências de Matisse, Bonnard, começa a pintar interior-exterior, nus, temas recorrentes da época”, explica a curadora. São representativos dessa época os quadros La chambre bleue, Chinesa e Interior de Mônaco, que na exposição estará ao lado de seus estudos I e 2.

Ao retornar ao Brasil, no final de 1928, apesar do abandono à irreverência que marcou sua fase nos EUA, ela faz uma nova exposição sem grandes resultados financeiros e decide, a partir daí, a adotar uma postura ainda menos polêmica. Surge uma Anita muito mais acadêmica. Alguns acreditam que por nunca ter se recuperado das críticas feitas por Lobato ao seu trabalho. A pintora volta a lecionar e desenvolve séries de florais e retratos -- temas mais comerciais na época. “Todo movimento precisa ter uma vítima e um inimigo. Anita foi a vítima do modernismo brasileiro e o Lobato o vilão.  Mas Anita tinha um relacionamento profissional com Lobato, que manteve depois da crítica. Mas de fato ela  buscou, no seu retorno de Paris, a sobrevivência”, explica Greggio.

Pintando a seu modo

O academicismo não agradou os companheiros modernistas. Ela chega a ter seu quadro Época da Colonização (1939) recusado no Salão Oficial de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1940, o que provoca o rompimento definitivo com Mario de Andrade, a quem Anita atribuiu a recusa. O amigo, desde sua volta de Paris, cobrava de Anita um retorno ao seu estilo mais contundente.

Um ano após a morte de sua mãe, em 1955, Anita é convidada a expor no MASP e se mostra uma artista mais popular, exibindo suas últimas produções (1940-1950) – obras que refletiam os costumes e as belezas do interior brasileiro:  Batizado na roça, Colheita de algodão, Casamento na roça e O baile são algumas de suas obras que expressam essa fase. “Tomei a liberdade de pintar ao meu modo”, era o nome da exposição e uma indicação de que as críticas não lhe importavam mais.

Cada vez mais recolhida em sua chácara em Diadema, Anita jamais parou de pintar e no final da vida dedicou-se aos temas religiosos. “A comemoração desses 120 anos de Anita vem para homenagear a ousadia da mulher em buscar seu sonho, em se encontrar. A percebo como um ícone injustiçado. Os contemporâneos, por conta de ciúmes, vaidade, talvez, atrapalham a avaliação na época de um talento como Anita. É por isso que muitos gênios são reavaliados e exaltados com o passar do tempo. Foi o caso de Anita.”

Ditirambo - Desenhos de Ciça Camargo

No próximo dia 06/08/2009 Ciça Camargo inaugura sua primeira mostra individual na cidade de São Paulo. O projeto Ação Cultural do Metrô incorporou a mostra Ditirambo, que tem curadoria de Antonio Carlos Abdalla, ao seu calendário e vai realizá-la em três estações: em agosto no Tatuapé, setembro na Ana Rosa e outubro no Largo Treze.

 

Em alusão ao teatro grego Abdalla apresenta a linha da curadoria que deu título a mostra – Ditirambo – “No teatro clássico grego é um canto coral de caráter apaixonado. Aqui serviu como mote para os desenhos de Ciça Camargo. O coral clássico é referência aos sons das vozes e o ritmo marcado e constante lembra o andar das pessoas”.

 

Ao longo destes três meses o grande público, cerca de 2.500.000 pessoas que circulam pelas estações do metrô de São Paulo, terão a oportunidade de conhecer o trabalho marcante desta artista através de 8 desenhos feitos em técnica mista sobre papel.

 

Vista como uma promessa de renovação nas artes plásticas, Ciça Camargo inaugura sua primeira mostra individual da forma mais gratificante para o artista: aos olhos de todo o tipo de pessoas, em um espaço público e através de uma iniciativa que pretende contribuir para levar a arte a todos de forma democrática e gratuita.

Serviço

•Em cartaz: a partir de 06/08/2009 na estação Tatuapé, em setembro na Ana Rosa em outubro no Largo Treze, nos dias e horários de funcionamento do Metrô de São Paulo. Entrada franca.

'Vem com o olhar': a primeira mostra individual de Ciça Camargo
A primeira mostra individual da artista plástica Ciça Camargo vem para integrar o calendário de uma das cidades brasileiras que mais tem se destacado na promoção da cultura – Paraty – no litoral do Rio de Janeiro.


No próximo dia 25/04/2009, às 20h, a Casa da Cultura de Paraty inaugura a primeira mostra individual da artista Ciça Camargo.

Com curadoria de Antonio Carlos Abdalla, realização da Casa da Cultura de Paraty e produção da Cult Arte e Comunicação, a exposição “Vem com o olhar” reúne 11 obras em acrílica e óleo sobre tela, promovendo um percurso do trabalho da artista.

Nesta primeira exposição individual a curadoria dividiu a mostra em 2 segmentos, o primeiro com telas em preto, branco e cinza e poucos detalhes em cores, que evidenciam a importância dos traços dos desenhos; e um segundo em que há uma clara explosão de cores, molduras para uma pintura gestual, de pinceladas amplas, generosas que denotam a carga de emoção que a artista registra em suas obras.

A mostra combina o talento da artista, uma curadoria precisa e o fato de Paraty ter se tornado uma referência no circuito artístico-cultural do país, através das várias atividades que vem abrigando e promovendo nas áreas das artes plásticas, música, literatura, entre outras iniciativas.

 

Serviço:
Abertura: 25/04/2009 – 20h
Em cartaz: de 26/04/2009 a 25/05/2009 
De quarta a segunda das 10h às 18h30
Local: Casa de Cultura de Paraty – Rua Dona Geralda, 177 – Centro
Histórico – Paraty - RJ
Tel: (24) 3371-2325 – Contato: Milena Moraes
www.casadaculturaparaty.org.br

faleconosco@casadaculturaparaty.org.br

 

 

RG Urbano: o meio ambiente identificado na cidade - a mostra de graffiti de Rim Chiaradia

Ricardo Chiaradia – o Rim - atua como artista plástico desde 1993, se profissionalizando como autodidata em 1996. Desde então direcionou sua especialização para o Graffiti criando e desenvolvendo projetos e ações de finalidades comerciais e artísticas - com mais de 5.000 intervenções e dominando técnicas diversas: xilogravura, customização de camisetas, live paint e pintura em tela. Seu trabalho é autoral e tem uma característica única: trazer a influência do cubismo ao Graffiti, tornando seu estilo de fácil identificação.

Nesta mostra o objetivo do artista é levar ao maior número de pessoas a arte do graffiti como forma de manifestação urbana, de acolhimento, de inclusão social. De dar oportunidade a ele próprio e ao expectador de interagir, de provocar a abertura do olhar para um estilo contemporâneo e totalmente integrado à cidade, utilizando como recurso a alusão à preservação do meio-ambiente que deve estar identificada no RG das cidades, sendo elas metrópoles urbanas ou não.

Para isso, Rim fará um workshop na estação Brás grafitando um painel de grandes dimensões in loco. O painel, com temática voltada para o meio ambiente retratando uma série de grandes peixes, ficará exposto por um mês e depois será transportado para as estações Vila Mariana e República, ficando mais um mês em cada estação.

Serviço:

•Abertura - Pintura do Painel: 08/05/2009, às 10h, estação Brás.
•Em cartaz: a partir de 09/05 na estação Brás, em junho na Vila Mariana e julho na República.